11/09/2008 09:54
Por: secovims

Incorporadores apostam em comprador exigente


A moeda que marca a corrida de incorporadores para o interior tem dois lados: a verticalização de empreendimentos econômicos, que aproveitam o crédito da Caixa Econômica Federal, e a chegada de projetos com valores maiores.

"[Nos últimos anos] foram ofertados muitos produtos de até R$ 100 mil, mas identificamos um potencial de valorização e apostamos em um produto entre R$ 150 mil e R$ 200 mil", relata Daniela Ferrari, da Fit Residencial, braço da Gafisa com lançamento em Sorocaba.

Em Jundiaí, foram lançadas, em 2008, 224 unidades de quatro quartos -essa tipologia inexistiu nos plantões de venda entre 2004 e 2007.

O m2 médio desses imóveis custa R$ 2.800, segundo dados da consultoria Geoimovel.

O alvo dos incorporadores são pessoas exigentes e de alto poder aquisitivo, que pedem centro comercial e lazer completo nos condomínios.

A loteadora Agra investiu em um condomínio com essas características em Sorocaba, dedicado ao público GLS. Os terrenos têm entre 1.000 m2 e 1.200 m2.

Outra novidade é o projeto da corretora Sotheby's, especializada em imóveis de alto padrão, de abrir um escritório em Campinas.

Novo capital
Marcelo Morales, diretor de produto da Tecnisa, aponta que o interesse de investidores na compra de apartamentos e casas para aluguel e revenda nessas cidades é crescente.

Toda essa procura resulta no aumento de preços. "Os valores estão subindo porque há encarecimento dos terrenos e custos de construção mais altos", acredita Celso Amaral, diretor da Amaral d'Ávila.

As empresas já trabalham com os novos valores de insumos. "Sabemos que fazer um novo empreendimento como esse custará 20% mais do que o atual", estima Alexandre Barrionovo, diretor de incorporações da Trisul -com construção em Sorocaba.

Mão-de-obra
Após um longo período de estagnação, a indústria da construção civil no interior de São Paulo voltou a crescer nos últimos três anos.

Conforme dados do Sinduscon-SP de Campinas -que engloba outros 78 municípios da região-, a evolução do número de vagas veio de uma retração no ano de 2004 (-4,15%) para um cenário ascendente de 13,66% em 2007.

Nos primeiros cinco meses de 2008, o crescimento apurado chega aos 7,57%, totalizando cerca de 60 mil trabalhadores da construção civil na região.

A expansão justifica-se pela abertura de capital de incorporadoras na Bovespa (Bolsa de Valores do Estado de São Paulo) e pelo acirramento da concorrência na capital paulista.

"Vimos que [no interior] havia muitas empresas acomodadas e uma demanda por conceitos diferenciados", avalia Marcelo Martins, diretor comercial da mineira Patrimar, que chega ao Estado por Campinas. Fonte: Folha de S. Paulo - 07/09/2008


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