Mercado de imóveis fatura 11% mais no 1º semestre


A venda de imóveis está cada dia mais rentável. No primeiro semestre deste ano, o mercado imobiliário movimentou R$ 2,25 bilhões, 11% a mais do que o dinheiro que o setor faturou no mesmo período do ano passado.

O aquecimento não vem do aumento do número de apartamentos vendidos, e sim da valorização dos preços. O custo médio dos apartamentos em Belo Horizonte subiu 19,4% este ano, passando de R$ 129 mil, em 2007, para R$ 154 mil, segundo pesquisa do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Secovi-MG). Considerando só o mês de junho, este preço já está na faixa de R$ 167 mil.

De acordo com o presidente do Secovi, Ariano Cavalcanti, quem está pensando em comprar um imóvel não deve adiar, pois a tendência é de alta dos preços. O encarecimento, explica ele, é resultado de uma combinação de fatores que começa com o pacote de incentivos concedido pelo governo para facilitar os financiamentos e culmina com a boa fase da economia. "Tudo isso facilita a compra e estimula a procura, forçando o preço para cima", justifica Cavalcanti.

Por vir. O presidente do Secovi afirma que muita gente tem falado do "boom" imobiliário, mas ele ainda não chegou. Prova disso, destaca Cavalcanti, é a estabilidade do número de unidades vendidas. "De janeiro a junho foram registradas 16,4 mil transações de imóveis residenciais e comerciais, o número não é tão diferente em relação ao ano passado. Isso mostra que o que fez o volume movimentado crescer foi realmente a valorização", explica ele, lembrando que o setor ainda tem muito espaço para recuperar os preços.

Só os apartamentos e as casas geraram, no primeiro semestre, negócios da ordem de R$ 1,82 bilhão, o equivalente a uma área de aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados.

Neste período, foram comercializados 9.812 apartamentos e 2.193 casas na capital mineira, o que representou 89,21% do total de imóveis vendidos na cidade, incluindo barracões, vagas residenciais e comerciais, salas, lojas, lotes vagos e galpões, além de apartamentos e casas.

Apartamentos e casas lideraram o ranking de vendas. Em terceiro lugar aparecem os lotes vagos, com 1.430 unidades. Fonte: O Tempo - 02/09/2008