18/06/2008 09:29
Por: secovims

Vendas de cimento estão aquecidas

O mercado de cimento deve aumentar em 11% este ano dando continuidade ao crescimento observado nos últimos doze meses, depois de sete anos de retração. A previsão é do secretário executivo do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), José Otávio Carvalho, e aponta que o produto está em alta. Dados preliminares da indústria e estimativas de mercado indicam que as vendas de cimento para o mercado interno brasileiro atingiram 4,1 milhões de toneladas em abril de 2008.

Nos últimos doze meses (maio/2007 a abril/2008) as vendas para o mercado interno atingiram 46,8 milhões de toneladas, apresentando incremento de 13,1% sobre igual período anterior (maio/2006 a abril/2007). De acordo com a Cimento Nassau, o crescimento esperado no Nordeste é ainda maior podendo chegar a 15%, sendo puxado pelos Estados do Ceará, Pernambuco e Bahia.

Mas essa elevação nas vendas - motivada principalmente pela efervescência do mercado imobiliário em todo o Brasil - parece preceder um aumento no valor do
produto, causando um reflexo imediato no mercado de construção e imobiliário e atingindo o consumidor final.

O Snic explica que em 2007 foi a primeira vez que o consumo de cimento no Brasil ultrapassou o consumo de 1999, sendo que os preços praticados durante o período se assemelham. "Durante cerca de sete anos a indústria do cimento sofreu retração e ainda teve que receber os impactos do aumento do petróleo e energia elétrica", afirmou José Otávio Carvalho. O executivo explica que os principais componentes do cimento sofreram com as constantes variações elevadas no preço: a energia elétrica, frete e coque de petróleo, - combustível utilizado nos fornos das cimenteiras -, seriam os "vilões" da atual situação.

Em alguns estados do Brasil como Roraima e Acre, a saca de 50 quilos de cimento já é vendida por R$ 28. Em Fortaleza, o produto ainda pode ser encontrado por R$ 17. Mas, segundo Carvalho, quem vai definir a elevação nos preços do produto é o comerciante que deve tentar compensar as perdas aumentando as margens de lucro. "Não sei como está o mercado hoje, mas o preço que deve ser avaliado é o da indústria porque quase 70% do cimento é vendido no comércio, por meio de atacadistas. É evidente que num momento de escassez há aumento de preços. No ano passado tivemos dificuldade de abastecimento e por isso são aplicadas altas margens pela revenda. Além disso, as empresas têm anunciado grandes investimentos, porque ficaram muitos anos sem investir", avalia. Fonte: O Povo - 16/06/2008


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