Inadimplência das empresas cai 9,5% em abril ante março
Inadimplência das empresas cai 9,5% em abril ante março, diz Serasa
SÃO PAULO - A inadimplência das empresas recuou em abril na comparação com março, mas teve forte alta ante o mesmo período em 2011, informou hoje a Serasa Experian. No acumulado do ano a inadimplência também cresceu de forma expressiva e, além disso, o valor médio das dívidas aumentou.
O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas recuou 9,5% em abril, na comparação com março. É a maior queda para meses de abril desde 2007, quando houve uma diminuição de 11,1%.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve aumento de 11,8%. Entre janeiro e abril, a inadimplência também teve alta expressiva, de 18,7% quando confrontada com o mesmo intervalo em 2011.
Influências
Na avaliação da Serasa, parte das empresas já se beneficia dos juros mais baixos no crédito e dos estímulos ao consumo empreendidos pelo governo. Com isso, tem conseguido gerar mais receita, o que contribui para evitar a inadimplência ou sair dela. Por outro lado, o efeito ainda não é generalizado entre as empresas.
“Deve-se considerar também que vários setores sofrem mais os impactos da crise global, via redução das exportações e do crédito externo”, ponderou a Serasa, em nota.
Outros fatores que levaram à queda da inadimplência dos negócios em abril ante março foram o menor número de dias úteis no quarto mês do ano e a forte base de comparação, pois em março o indicador subiu 11,6%.
Dívidas maiores
No primeiro quadrimestre, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) tiveram um valor médio de R$ 776,77, crescimento de 4,4% ante igual período de 2011.
As dívidas com bancos, por sua vez, tiveram nos quatro primeiros meses de 2012 um valor médio de R$ 5.285,55, alta de 4,2% na mesma base de comparação.
Quanto aos títulos protestados, o valor médio verificado no primeiro quadrimestre foi de R$ 1.894,26, com elevação de 11,1% sobre igual acumulado de 2011.
Por fim, os cheques sem fundos tiveram, nos quatro primeiros meses de 2012, um valor médio de R$ 2.196,79, representando um aumento de 7,1% quando comparado com o primeiro quadrimestre do ano anterior.
(Valor)
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