22/05/2012 09:46
Por: secovims

Prévia da inflação oficial avança para 0,51% em maio, aponta IBGE


SÃO PAULO - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) avançou para 0,51% em maio, ante 0,43% em abril, segundo informou nesta terça feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado de maio, o indicador acumula inflação de 2,39% no ano.

Nos últimos 12 meses encerrados em maio, o índice subiu 5,05%, no oitavo recuo consecutivo nesse tipo de comparação. Nos 12 meses encerrados em abril, a variação tinha sido de 5,25%. Em maio do ano passado, a inflação acumulada em 12 meses foi de 6,51%.

Ontem, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, reiterou que a autoridade persegue o centro da meta inflacionária fixada no IPCA.

"Nós, do Banco Central, continuamos trabalhando com a hipótese de que a inflação chegará a 4,5% no fim deste ano, que é o centro da meta", afirmou.

Influências

Cigarro, remédios e feijão foram os principais responsáveis pela aceleração do IPCA-15 de maio. De acordo com o IBGE, cigarro (com 0,12 ponto percentual de impacto), remédios (0,06 ponto percentual) e feijão carioca (0,04 ponto percentual), juntos, responderam por 0,22 ponto percentual da alta do IPCA-15, ou 43% do índice do mês.

Líder dos principais impactos individuais, o cigarro apresentou alta de 14,26% em função dos reajustes vigentes a partir do início de abril. Essa variação levou o grupo despesas pessoais a subir 1,32%, a mais alta elevação dentre os nove grupos pesquisados pelo IBGE.

Nos remédios, a variação foi de 1,85%, refletindo parte do reajuste vigente desde 31 de março e acumulando, no ano, aumento de 3,09%. Foram os principais responsáveis pelo resultado de 0,93% do grupo saúde e cuidados pessoais.

Os preços do feijão carioca subiram 15,3% no período de referência do IPCA-15, acumulando alta de 66,53% no ano, tendo em vista a menor oferta do produto, cuja safra foi prejudicada nas regiões produtoras em função de problemas climáticos, além da redução da área plantada.

Acompanhando a alta do feijão, ficou mais caro comprar, principalmente, óleo de soja (3,72%), farinha de mandioca (3,35%), cerveja (2,72%), leite em pó (2,27%), queijo (2,02%), arroz (1,66%), pão francês (1,20%) e biscoito (0,97%). Com isso o grupo alimentação e bebidas subiu 0,62%, mesmo com a queda de alguns itens, como tomate (-2,48%) e frutas (-2,22%).

Além dos artigos de vestuário, com 0,97% no mês, outros itens também se mostraram em alta, com destaque para os serviços bancários (1,66%), seguro de veículos (1,66%), telefonia celular (1,58%), mão-de-obra para pequenos reparos (1,51%), táxi (1,29%), taxa de água e esgoto (1,16%), gás de botijão (1,01%) e artigos de limpeza (0,99%).

Do lado das quedas, o principal impacto individual para baixo foi exercido pelas passagens aéreas, com –0,06 ponto percentual em virtude da queda de 10,83% nas tarifas.

Assim, enquanto a variação dos alimentos subiu de 0,31% em abril para 0,62% em maio, os produtos não alimentícios ficaram bem próximos, com 0,47% em abril e 0,48% em maio.


(Ana Conceição | Valor)

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