Após corte da Selic, Banco do Brasil volta a reduzir taxas de jur
BRASÍLIA – Um dia depois de os bancos privados acompanharem a redução dos juros promovida pelas instituições públicas, o Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira um novo corte de suas taxas mínimas para pessoas físicas e jurídicas.
Segundo a assessoria de imprensa do banco, “os ajustes refletem a alteração da Selic, anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), além de novas reduções que buscam manter as taxas do Banco do Brasil entre as menores do sistema financeiro”.
As novas taxas do BB entram em vigor na segunda-feira (23). No último dia 12, o BB liderou o movimento de queda dos juros, com lançamento do “Bom Pra Todos”, atendendo campanha do governo pela redução do spread bancário (a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos clientes) no país.
O volume de operações de crédito para pessoas físicas no Banco do Brasil aumentou 45% desde o anúncio da redução das taxas de juros, no dia 12, segundo nota da própria instituição.
A média diária de desembolsos passou para R$ 276 milhões, levando o total em crédito liberado a R$ 1,3 bilhão nos últimos cinco dias.
No caso das micro e pequenas empresas, o volume de operações desde o lançamento do programa “Bom Pra Todos” soma R$ 2,23 bilhões, considerando as linhas de crédito que fazem parte da estratégia.
Novas taxas
O BB anunciou queda nas taxas de sete linhas para pessoa física e quatro para pessoa jurídica. No caso das pessoas físicas, houve redução da taxa mínima mensal do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (de 0,85% para 0,79%), financiamento de veículos (0,99% para 0,95%), cheque especial (1,97% para 1,38%), crédito automático (3,39% para 1,99%), BB crédito parcelamento cartão (3% para 2,94%), crédito parcelamento cheque especial (3% para 2,94%), cartão de crédito (3% para 2,94%) – nos três últimos casos é preciso aderir ao “Bom Pra Todos”.
No caso das empresas, as taxas caíram nas linhas de antecipação de crédito ao lojista - ACL (1,26% para 1,04%), desconto de títulos (1,35% para 1,25%), desconto de cheques (1,35% para 1,25%), crédito parcelado de cartão (3% para 2,94%) – neste caso é preciso aderir ao pacote “Bom Pra Todos”.
Ações
No pregão desta quinta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a ação Banco do Brasil ON acentuou a queda e bateu na mínima do dia, de R$ 23,45. A piora na cotação aconteceu após o banco estatal anunciar nova redução nas taxas de juros para seus clientes.
Às 15h10, a ação ON do BB perdia 1,13%, para R$ 23,49. Entre os concorrentes, Bradesco PN caía 0,81%, para R$ 30,29; Itaú PN subia 0,57%, para R$ 31,49; e Santander Brasil Unit recuava 0,75%, para R$ 15,86.
Campanha do juro baixo
Catorze dias depois do início da cruzada do governo Dilma Rousseff para a redução do custo do crédito, na quarta-feira os dois maiores bancos privados do país anunciaram cortes nas taxas de juros. Itaú Unibanco e Bradesco divulgaram taxas menores - pelo menos na teoria - para diversas linhas usadas por pessoas físicas e por empresas.
Agora, ao todo, já são sete os bancos que decidiram mexer nas taxas cobradas: os públicos Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banrisul, e os privados Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, HSBC. Juntos, eles são responsáveis por mais de 80% do estoque de crédito do país.
(Edna Simão e Téo Takar | Valor)
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