13/03/2012 08:50
Por: secovims

Juros futuros têm ligeira alta; inflação segue no foco

Juros futuros têm ligeira alta; inflação segue no foco

SÃO PAULO - A preocupação com a inflação continua dando o tom aos negócios no mercado de juros futuros, que iniciaram o pregão de hoje novamente ajustando as taxas para cima. De um lado, o mercado vê com cautela indícios de elevação de preços de alimentos nas coletas diárias de preços. De outro, observa o esforço do governo em manter a cotação do dólar mais perto de R$ 1,80 - patamar que, na avaliação dos profissionais, daria mais fôlego à alta dos preços agrícolas. Essa combinação de fatores está jogando para cima as projeções de inflação de 2013 e, como consequência, leva o mercado a ampliar o prêmio nos contratos de juros de prazo mais longo.

Um bom termômetro dessa visão de que a ação mais agressiva no corte de juros do Banco Central pode comprometer a evolução da inflação no longo prazo é o comportamento da inflação implícita das NTN-Bs, papel atrelado ao IPCA, que disparou em todos os vencimentos. No fechamento de ontem, essa projeção de inflação — que representa a parcela do rendimento do título que representa a expectativa para o IPCA - batia a inédita taxa de 5,93% no papel com vencimento em 2013. Para 2014, a taxa era de 5,88%.

Esse ambiente limita a disposição do mercado em continuar reduzindo as taxas futuras de juros. Até porque, dizem profissionais, somente após a leitura da ata do Copom, que sai na quinta-feira, será possível consolidar o cenário para a política monetária. Segundo operadores, a avaliação geral é de que a Selic deverá cair para um nível entre 8,50% e 8,75% este ano. Mas, para continuar perseguindo esse cenário, é fundamental que o BC apresente os argumentos para essa queda mais forte dos juros.

Na agenda do dia, a decisão de política monetária do Fed deve concentrar as atenções, muito mais pela avaliação que a autoridade monetária americana poderá apresentar sobre o desempenho da economia do que pela decisão em si. A confirmação de que o Fed vê um processo de recuperação da economia poderá fortalecer o dólar no mundo e, como consequência, contribuir para ajustar para cima as taxas futuras no Brasil.

Às 9h35, o DI com vencimento em janeiro/2013 tinha taxa de 8,69% (ante 8,68% no fechamento de ontem) e DI janeiro/2014 projetava taxa de 9,31% (de 9,27% ontem).

(Lucinda Pinto|Valor)

| veja mais | | voltar |
Rua da Paz , nº 1054 | CEP: 79020-250
Telefone: 55 (67) 3326 - 5203 | Campo Grande - MS
secovi-ms@secovi-ms.com.br
 Developed by