12/03/2012 08:01
Por: secovims

Consórcio não compete com crédito imobiliário, avaliam empresas


As instituições financeiras não consideram que o consórcio seja um concorrente do crédito imobiliário porque focam em públicos diferentes.

O consórcio é mais indicado para quem precisa do bem apenas a médio ou longo prazos, já que, se não for sorteado logo ou conseguir arrematar a carta de crédito ao dar um lance, o cliente pode ter que esperar mais de 16 anos para ter o dinheiro --caso do Banco do Brasil, com prazo máximo de 200 meses (veja quadro abaixo).

"Enquanto o cliente de consórcio tem um perfil de planejamento financeiro, o público tomador de financiamento possui uma característica mais imediatista", compara Marcelo Dutra Labuto, diretor do Banco do Brasil.

Na modalidade, não há cobrança de juros, portanto o custo final é menor do que no financiamento habitacional, mas os interessados devem olhar com atenção redobrada a taxa de administração.

Outro item importante a ser considerado no cálculo para definir a melhor opção é o fundo de reserva. Nas empresas pesquisadas pela reportagem, o percentual sobre o valor da carta de crédito varia de zero a 5%.

LANCE

Os especialistas consultados preferem não indicar um percentual de lance que vai garantir a contemplação, mas há dicas que podem ajudar a usufruir melhor do produto.

"Os percentuais variam muito de acordo com o grupo e, principalmente, com o prazo restante. Geralmente, nos primeiros meses, os lances são mais altos, já que é o momento em que as pessoas com maior necessidade e poder financeiro fazem ofertas maiores para adquirir logo seu bem", explica Luís Matias, do Itaú Unibanco.

O número de clientes no consórcio de imóveis cresceu 6% em 2011 ante o ano anterior, de acordo com a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), chegando a 614.500 participantes ativos.

Para Paulo Roberto Rossi, presidente da entidade, a modalidade deve continuar crescendo. "O cenário econômico faz as pessoas pensarem a médio e longo prazos."

Um dos indicadores que reforçam essa confiança do consumidor para comprometer a renda futura por tanto tempo é a taxa de desemprego, que chegou a 5,5% em janeiro, a menor para o mês desde o início da série histórica do IBGE, em 2002.
Editoria de Arte/Folhapress

Um dos entraves para a expansão maior do produto é a perda de poder de compra, já que a carta de crédito é reajustada apenas por um índice de inflação, como o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).

Vale lembrar que o uso do FGTS no consórcio tem a mesma restrição imposta aos financiamentos imobiliários, sendo limitado a imóveis até R$ 500 mil.

A orientação de Selma do Amaral, diretora do Procon-SP, é não acreditar em "promessas verbais". "É preciso ler e entender o contrato. O vendedor só vai destacar o que o produto tem de positivo."

fonte: folha.com
12/03/2012 - 08h33
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MARIANA SALLOWICZ
TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO

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