P/ Tombini, PIB mostra que economia ganhou impulso no fim de 2011
BRASÍLIA – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira que o crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 “confirma que a atividade econômica ganhou impulso no final do ano passado”.
Tombini afirmou, em nota divulgada há pouco, que o Brasil se diferencia, mesmo em meio a um “complexo ambiente internacional” , por “sólidos fundamentos” e um mercado interno robusto".
O presidente do BC disse que há perspectivas para intensificação da atividade ao longo deste ano, com crescimento superior ao de 2011. A expansão, segundo Tombini, é “compatível com o equilíbrio interno e externo e consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”.
Para Tombini, a demanda doméstica continua sendo o principal suporte da economia. Segundo o presidente do BC, o consumo das famílias está sendo estimulado “pela expansão moderada do crédito, pela geração de empregos e de renda”. A autoridade monetária ainda comentou que a Formação Bruta de Capital Fixo também continuou em expansão, o que indica, segundo o BC, confiança dos empresários na manutenção do crescimento econômico neste e nos próximos anos.
Segundo resultado divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 2,7% em 2011, após expansão de 7,5% em 2010. O resultado do ano passado ficou em linha com o que foi apurado pelo IBC-Br, o índice de atividade econômica calculado pelo BC, com o objetivo de ser uma “proxy” do PIB brasileiro. O IBC-Br de 2011 apresentou expansão de 2,72% em relação a 2010.
No relatório de inflação de dezembro, a projeção da autoridade monetária para o crescimento da economia brasileira em 2011 foi reduzida de 3,5% para 3%, em parte devido aos “efeitos observados de ações de política implementadas entre o final de 2010 e meados de 2011”, quando o BC elevou a taxa básica de juros para conter a inflação.
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Fazenda, no boletim “Economia Brasileira em Perspectiva”, ainda estimava um PIB de 3,2% para o ano passado. No início de 2011, o governo previa crescimento de 5% para o ano e os economistas, 4,5%.
Para 2012, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que a trajetória de crescimento da economia vai garantir que o PIB feche o ano em torno de 4,5%. O BC trabalha com projeção de 3,5% e o mercado, segundo a pesquisa Focus, de 3,3%.
Fonte: valor econômico
Por Murilo Rodrigues Alves | Valor
06/03/2012
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