MERCADO IMOBILIÁRIO AQUECIDO, ATÉ QUANDO?
Há algum tempo podemos constatar o aumento dos investimentos no mercado imobiliário. São grandes empreendimentos, grandes e pequenas empresas apostando no mercado local.
O que explica este tão falado aquecimento do mercado imobiliário?
A aprovação da Lei 10.931/2004 trouxe importantes mudanças, tais como: Alienação Fiduciária, Patrimônio de Afetação e Pagamento do Incontroverso. Em resumo, ela restabeleceu a segurança jurídica dos contratos e em conseqüência, os bancos privados passaram a financiar mais, os prazos foram alongados e a taxa de juros diminui. Atualmente, apenas 1,5% dos contratos, com garantia através da alienação fiduciária, possuem mais de três prestações em atraso.
Diante de tais mudanças houve, no Brasil, uma evolução muito grande na oferta de financiamento imobiliário com recursos da Poupança, de 3 Bilhões em 2004 saltou para 34 Bilhões em 2009.
Apesar deste crescimento, o índice que mede o percentual de hipotecas (alienações fiduciárias) em relação ao PIB é de apenas 3,5% no Brasil, no Chile esse percentual corresponde a 17%, assim, se o nosso país nos próximos dez anos, buscar atingir o percentual de Hipotecas/PIB do país vizinho, teremos que investir, a mais, 40,5 bi/ano.
Até 1998 40% da população tinham menos de 18 anos; hoje 40% da população tem entre 13 e 35 anos e em 2022, com aumento da expectativa de vida, essa faixa subirá para 25 a 55 anos. Estes números mostram que os 40% da população que tinham necessidades básicas de ensino, por exemplo, daqui a 10 anos vão formar família e precisarão de habitação. Assim, o Brasil, que tem um déficit atual de 7 milhões de moradias, precisará de 30 milhões de habitações até 2022.
É possível que tenhamos alguns desafios para vencermos como a escassez de recursos para financiamento, a escassez da mão-de-obra qualificada e a escassez de materiais e equipamentos. No entanto, os dados acima mostram que o boom imobiliário ainda tem muitos anos de vida.
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