03/05/2007 14:37
Por: secovims

Quando o vizinho valoriza ou não o imóvel

Um ponto de ônibus localizado bem em frente de sua propriedade é bom ou ruim para a determinação do valor pecuniário de imóvel? A resposta não é fácil. “Depende”, diria um analista cauteloso. Se se tratar de uma residência situada num bairro misto, isto é, bairro que pode, ao mesmo tempo, conter residências e empresas comerciais, de serviço e industriais, pode ser uma boa pedida. Conforme o caso, não.

Vejamos. Em caso de bairro estritamente residencial, é bom ter um ponto de ônibus próximo do local onde se mora. Mas não em frente da casa. É o tipo da coisa que todos querem, mas não na saída do carro, próximo da garagem.

O mesmo não se pode dizer se o imóvel em foco for um salão comercial, uma sala para o setor amplo de serviços, ou mesmo para a localização de uma indústria. Evidente que se for um posto de gasolina, um estacionamento de veículos ou um salão para ser locado – ou já locado – para uma loja de jóias, um ponto de ônibus – ou de táxi, como dissemos acima – não só vai atrapalhar o funcionamento da empresa como ainda pode trazer outros aborrecimentos. Imaginem uma loja de jóias, com relojoaria e tudo, localizada à frente de um ponto de ônibus. O poder aquisitivo do usuário – claro que com as exceções – não se compatibiliza com a mercadoria oferecida pelo estabelecimento. E nem ele tem tempo de, esperando o ônibus, analisar a compra de uma jóia.

O consumidor determina o tipo de comércio. E de serviço. Um ponto de ônibus altera a modalidade de comércio das imediações de onde ele se localiza, atraindo também bancas de revistas e de jornais. Mas espanta outros. Casos de oficinas de veículos – motos, automóveis, caminhões – que são exemplos.

Investimento em imóveis, para renda, tende a voltar como alternativa de aplicação de recursos. O investidor está percebendo que as aplicações mais conservadores – e os investidores em imóveis são do tipo mais conservador – localizadas nos bancos, como são os casos dos fundos de investimento DI e de renda fixa, estão com remuneração pífia.

E com tendência a diminuir mais ainda, porque esta remuneração é estreitamente ligada à taxa básica de juros, a Selic, que continuará perdendo mais substância.
A alternativa é a aplicação em imóveis. Este investimento – deve-se considerar – entretanto, tem baixíssima liquidez. E exige cuidados e atenções especiais. Como as que focalizamos acima.


E residências que se localizem perto de salões que podem virar bares, casas de show e restaurantes? Este, no entanto, é assunto para outro dia. Fonte: Jornal A Cidade - 09/04/2007

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