Fachadas valorizam imóvel em até 40%


A restauração das fachadas e a reforma de prédios e edifícios ganham cada vez mais fôlego no mercado imobiliário. Neste cenário, os revestimentos em cerâmica chegam a valorizar o imóvel em 30% a 40%, além da durabilidade que pode chegar a 20, 30 anos, dependendo da manutenção periódica com lavagem e serviço de emassamento.

A medida traz diversos benefícios para os proprietários ou administradores de condomínios. Além de evitar acidentes, modernizar a arquitetura e solucionar problemas com infiltrações e descolamento de placas, a restauração valoriza e amplia o potencial de negócios.

De acordo com Ricardo Miranda, diretor do Sinduscon (Sindicato da Construção Civil do Ceará), o revestimento cerâmico é característico dos prédios de Fortaleza, por causa das condições climáticas. "Devido às intempéries causadas pelo sol forte, vento e chuvas que danificam as fachadas, as construtoras e até os proprietários de imóveis têm optado por esse tipo de material", afirma.

"Embora o acabamento em pintura ou colorite (cola com grão de quartzo) seja bonito e se bem conservado também agrega valor ao prédio, a cerâmica apresenta sempre um aspecto de novo e a durabilidade é bem superior". "A tinta requer manutenção a cada três anos e o revestimento cerâmico de qualidade dura mais de 20 anos e valoriza o imóvel em cerca de 30%", explica o diretor do Sinduscon.

Problemas pontuais

Ele lembra, porém, que alguns edifícios têm apresentado problemas com fachada em cerâmica, tais como descolamento das peças ou descascamento da textura, mas são pontuais e na maioria das vezes estão relacionados com a má qualidade. "Isso não é comum, mas quando ocorre é porque os produtos utilizados não são de primeira qualidade ou a mão-de-obra não é especializada". "Eu diria que de cada 20 prédios, talvez um tenha apresentado esse tipo de situação", explica Miranda.

De acordo com o diretor, "os procedimentos técnicos das construtoras cearenses são muito bons; a tecnologia do Ceará é referência no mercado nacional e internacional, bem como a mão-de-obra local".

Por outro lado, Miranda ressalta o alto custo do revestimento cerâmico. "Para revestir com cerâmica um prédio, por exemplo, de 10 pisos, com dois apartamento por andar, o investimento gira em torno de R$ 100 mil. Mas compensa", compara. "Os novos prédios de padrão elevado têm que utilizar esse tipo de revestimento, sob pena de não vender bem uma exigência de mercado, que agrega valor à comercialização e para quem vai comprar".

Ele citou que, em Fortaleza, bairros como Aldeota, Meireles, Papicu e Fátima, onde os empreendimentos têm padrão A, 100% dos novos empreendimentos utilizam cerâmica nas fachadas. Os de nível B têm trechos em cerâmica e trechos em pintura. Os imóveis da classe C, em sua maioria, são pintados, com boa aparência. Fonte: Diário do Nordeste - 03/09/09