JURO MENOR
Crédito imobiliário fica mais acessível
Com o menor juro básico da história, a tendência é de que os bancos ampliem a competitividade A última redução da taxa básica de juros Selic, para 8,75% ao ano, poderá resultar na cobrança de taxas menores pelos bancos nos financiamentos imobiliários no País.
A tendência é de que, com a taxa básica de juros no nível mais baixo da história do Brasil, mais dinheiro migre de aplicações de renda fixa para a poupança, que é a principal fonte de recursos para o crédito no setor imobiliário.
Com mais dinheiro para ser direcionado à habitação - uma vez que os bancos precisam direcionar 65% dos depósitos em poupança para o crédito imobiliário -, é possível que os bancos reduzam os juros cobrados para fazer frente à concorrência.
Há quem acredite também que possa haver queda das taxas porque as instituições ainda teriam algum espaço para reduzir os spreads cobrados.
Redução limitada
Mas especialistas alertam que a possível redução será limitada, porque o custo de captação do dinheiro pelos bancos nas duas principais fontes de financiamento do setor - poupança e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) - não ficará menor, mesmo com a queda da taxa básica de juros. Pela legislação atual, a remuneração da poupança é de 6% ao ano mais a Taxa Referencial (TR).
Remuneração do FGTS
Já a remuneração do FGTS é de 5,2% ao ano a 8% ao ano, dependendo da faixa de renda a que o dinheiro é destinado.
Os bancos captam os recursos a essas taxas e repassam o dinheiro para operações de construção dos empreendimentos ou compra de imóveis a porcentuais maiores. Na avaliação da consultora da FGV Projetos, Ana Maria Castelo, as condições oferecidas pelos bancos para o crédito imobiliário poderão voltar ao nível pré-crise.
A partir daí, de acordo com a especialista, mais reduções nas taxas dependeriam de mudanças na regulamentação.
8,75%
é o atual patamar da taxa de juros básico da economia brasileira. Com a redução no percentual ao ano, a expectativa é de que mais dinheiro migre de aplicações de renda fixa para a poupança, que é a principal fonte de recursos para o crédito no setor imobiliário. Fonte: Diário do Nordeste - 06/08/09
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