03/06/2009 15:49
Por: secovims

Financiamento de imóvel cresce 85% na região, aponta balanço da C


Um mês após o lançamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”, praticamente dobrou o número de financiamentos de imóveis no noroeste do Paraná, mostra balanço da Caixa Econômica Federal feito a pedido de O Diário. O banco afirma que não há como precisar quantos dos contratos firmados no período são integrantes do pacote habitacional, lançado em 13 de abril.

Em maio do ano passado, foram efetivados 215 contratos na região. Até o dia 20 deste mês, foram 398; ou 85% a mais. Em maio passado, o volume de operações foi de R$ 13 milhões. De 1º de maio até quarta-feira, o valor dos contratos soma R$ 18 milhões.

O gerente regional da Caixa, Sérgio Luis Scramin, diz que a alta nas contratações é reflexo da melhor condição de renda das famílias e da redução da taxa de juros. “O emprego formal cresceu e as pessoas perceberam que o crédito habitacional não tem mais o fantasma do saldo devedor dos contratos antigos. O mutuário vê que ao final do prazo contratado ele está com o empréstimo quitado.”

O gerente conta que o interesse causado pelo “Minha Casa, Minha Vida” levou mais gente às agências à procura de informações, mas que o aumento nas operações ainda não é reflexo do pacote habitacional anunciado pelo governo.

Pelos próximos meses, Scramin acredita que a tendência de alta se manterá. “A expectativa é que o programa do governo aumente o número de financiamentos de imóveis.”

O aposentado Flávio Adriano Zanela não perdeu tempo. Ele solicitou o financiamento de um imóvel na planta e teve o cadastro aprovado pelo banco, dentro das vantagens do “Minha Casa, Minha Vida”.

Ele optou por um apartamento de R$ 76,5 mil, com três quartos e área de 57 metros quadrados, que está em fase inicial de construção no Jardim Sumaré, na zona norte de Maringá.

No local, serão construídos 160 apartamentos distribuídos em cinco edifícios por meio de parceria público-privada entre a prefeitura, a Caixa, a Construtora CCII e o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Maringá.

A família do aposentado mora em uma casa alugada no Conjunto Sanenge, no noroeste da cidade. Morar em imóvel próprio é um sonho antigo de Zanela, mas as opções de financiamento disponíveis não cabiam no orçamento. “Como é que iríamos continuar pagando aluguel e pagar também as
prestações do terreno para depois começar construir?”, questiona.

As vantagens anunciadas pelo “Minha Casa, Minha Vida” foram determinantes para o aposentado decidir sair do aluguel. “O fato de o mutuário só começar a pagar as prestações depois que receber a chave do imóvel e o subsídio do governo federal são atrativos.”

Pelo programa, em Maringá, imóveis novos de até R$ 80 mil poderão ser vendidos a famílias com renda de três a dez salários mínimos — R$ 1.395 a R$ 4.650. O subsídio do projeto para quem ganha R$ 1.395 chega a R$ 23 mil. As taxas de juros variam de 5% a 8,16% ao ano.

De janeiro até quarta-feira, a Caixa já financiou 3.097 imóveis no noroeste do Estado. O volume financiado é de R$ 100,174 milhões. Nos cinco primeiros meses do ano passado, foram aprovados 823 contratos, totalizando R$ 45,847 milhões. Fonte: O Diário do Norte do Paraná - 25/05/09

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