Novo plano prevê aumento de 50% no crédito imobiliário
O governo Lula colocou na prancheta o projeto de aumentar para 900 mil, em 2009, o número de residências financiadas pela Caixa Econômica Federal e pelo setor privado. Neste ano, devem ser financiadas cerca de 600 mil moradias (entre novas e usadas), no valor de cerca de R$ 30 bilhões.
Até novembro, apenas a CEF havia fechado 446 mil contratos de financiamento, no valor de R$ 20,4 bilhões. O banco estatal estima chegar a 500 mil contratos no final do ano, somando um total de financiamento de R$ 22,8 bilhões.
O ministro Guido Mantega, da Fazenda, afirmou à Folha que pretende deslanchar o projeto em janeiro. Mantega conta ainda que, no início de 2009, o governo deve apresentar novidades para o setor de infra-estrutura. E, por fim, adianta que o BNDES terá R$ 110 bilhões para emprestar no ano que vem. O banco já teria fundos de R$ 50 bilhões e Mantega diz que o governo vai arrumar os outros R$ 60 bilhões "custe o que custar".
O ministro ainda não sabe dizer de onde virá um eventual dinheiro extra. Não especificou se haverá outro canais de crédito oficial além do FGTS (que já aumentou o volume de recursos para 2009), dos recursos da poupança ou de linhas para a habitação popular.
O projeto pretende atender dos consumidores mais pobres à classe média. A Fazenda estuda ainda se vai aumentar o subsídio para moradias populares, se aumenta o limite de preço para imóveis financiados pelo FGTS e se estende prazos de pagamento.
Na companhia do plano de expansão do crédito imobiliário, Mantega também pretende apresentar um projeto de obras para infra-estrutura. É um PAC 2? "Não tem nada de PAC 2, mas serão novidades importantes para o financiamento do setor", diz o ministro. Fonte: Folha de São Paulo - 14/12/2008
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