Crise não afeta negócios no 2º Salão do Imóvel


A possibilidade de a crise econômica mundial prejudicar o setor imobiliário e de construção civil não foi percebida durante os quatro dias de comercialização e prospecções no 2º Salão do Imóvel, realizado em Porto Alegre-RS.

Conforme o idealizador do evento, Diogo Horn, tanto para os expositores quanto para o público que visitou a feira, a turbulência dos mercados não provocou impactos no setor. "O investimento em imóveis segue em alta, pois eles representam um negócio seguro, que sempre se valoriza", ressalta.

A opinião é compartilhada pelo analista imobiliário do Banrisul, Pedro Rocha. Para ele, a oferta de imóveis é grande e os bancos possuem recursos para financiamentos. As aplicações no setor representam uma boa oportunidade. "Algumas pessoas estão retirando o dinheiro aplicado nas bolsas para comprar imóveis", diz. No stand da instituição, era possível fazer simulações para adquirir um financiamento, que pode ser feito para até 90% do imóvel com taxa de juros de 8,5%.

O 2º Salão do Imóvel contou com a participação de construtoras, incorporadoras, imobiliárias, instituições financeiras, empresas de consórcios e seguradoras. Em torno de 20 mil unidades, entre imóveis novos e usados, residenciais e comerciais da Região Metropolitana de Porto Alegre, Litoral, Serra e Santa Catarina estavam disponíveis no local, com condições especiais de financiamento. Entre as ofertas, opções a partir de R$ 50 mil, chegando a coberturas de R$ 2 milhões.

Uma das participantes do evento foi a Rossi, que possui 13 empreendimentos à venda na Capital, Canoas e Novo Hamburgo, com valores que vão de R$ 100 mil a R$ 600 mil. O diretor comercial da construtora, Vitor Capum, destacou as boas vendas, com 15 negócios fechados, além das negociações projetadas.

O perfil dos compradores foi diversificado, com interessados em adquirir apartamentos desde os preços mais baixos até os mais caros. Entre os que foram à feira com a intenção de comprar uma casa nova estava o casal Rodney Gardin e Fabiana Capone Rocha Gardin, acompanhados do filho Nathan, de seis anos. A oferta de imóveis e empreendimentos apresentada no local serviu de base de pesquisa para eles, que estão interessados em trocar o imóvel próprio por um maior, financiando a diferença.

Em torno de 20 mil pessoas visitaram o 2º Salão do Imóvel durante os quatro dias de realização. Conforme Horn, o número de público surpreendeu, bem como os negócios gerados, solidificando ainda mais o evento para a realização da sua terceira edição em 2009. Ele diz que os valores totais das comercializações feitas no Salão deverão ser conhecidos em alguns dias, pois muitas compras serão fechadas nas próximas semanas. Fonte: Jornal do Comércio - 17/10/2008