Secovi projeta recuperação de 25%

Depois de um ano inteiro considerado ruim, a expectativa do setor imobiliário é de fechar 2017 com até 25% de recuperação em vendas em Mato Grosso do Sul. A projeção é do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS) eleva em conta a retomada da confiança do consumidor na economia, além das condições ofertadas pelo mercado para atrair os cidadãos interessados em adquirir a casa própria.
“Estamos retomando a venda de empreendimentos. Houve melhora nos últimos meses. O ano passado foi todo ruim, já neste ano está havendo uma reação. A gente espera de 20% a 25% de recuperação. Não é crescimento, mas recuperação das perdas dos anos anteriores”, avalia Marcos Augusto Netto, presidente da entidade.
Outro fator importante, aponta o dirigente do Secovi, está na sinalização de que será mantida a meta de financiamento da habitação para o Estado. “A Caixa havia estimado financiar em torno de R$ 1 bilhão [para linhas de financiamento] neste ano. Acredito que vamos atingir a meta pré-estipulada.”

LIMITE

Na semana passada, a Caixa anunciou nova mudança nas regras de financiamento para imóveis usados, válida a partir de hoje: o limite máximo de financiamento para imóveis usados agora passa a ser de 50%. A redução vale para todas as modalidades, como Minha Casa Minha Vida e empréstimos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (que usa recursos da poupança).
Responsável por 70% do crédito imobiliário no País, a Caixa justificou que a redução dos limites ajusta o capital disponível da instituição financeira às condições do setor, cujo volume de crédito está crescendo neste ano. De maio a julho, o valor das concessões de financiamentos com juros regulados – como os imobiliários – somou R$ 2,4 bilhões, alta de 24% em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril).
Em agosto, o banco já havia anunciado a redução do montante financiado de 90% para 80% para os contratos referentes a imóveis novos e de 60% ou 70% o limite para a compra de imóveis usados. “É uma restrição passageira, por conta do último trimestre do ano, e por isso há uma flexibilização do limite. No ano que vem, ao fazer nova dotação orçamentária, o limite volta ao patamar anterior. Não interfere no mercado, já estamos acostumados”, afirma Marta Recalde Lino, presidente do Sindicato de Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Sindimóveis/MS).
Mesmo com as novas regras, a expectativa é de reaquecimento do mercado neste segundo semestre. “O mercado imobiliário voltou a aquecer e isso é muito bom para todos. As pessoas querem muito sair do aluguel e acredito que, por esse motivo, o mercado voltou a aquecer. As pessoas que não têm entrada estão se programando financeiramente para adquirir seu imóvel”, avalia a dirigente do Sindimóveis. (DA)