Classe média toma mais crédito com habitação
Facilidade de financiamento impulsiona aquisições dessa faixa da população
Prestações mais baixas, melhores prazos e forma de aprovação de crédito mais favorável. Essas são algumas das causas apontadas para o avanço dos financiamentos habitacionais entre a classe média, que tem movimentado os lançamentos do setor imobiliário.
Dados da Caixa Econômica Federal apontam que no acumulado do ano até o dia 13 de junho foi emprestado com recursos da caderneta de poupança, fonte de financiamento mais direcionada à classe média, R$ 2,3 bilhões, correspondentes a 44.732 unidades. O volume é 43,75% maior que o contratado no mesmo período de 2006, de R$ 1,6 bilhões.
De acordo com o presidente do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, a maioria dos empreendimentos atualmente está focada na classe média, diferentemente do que ocorria há cerca de três anos, quando os lançamentos de alto padrão se destacavam.
Trata-se de famílias com renda de cinco até 15 salários mínimos, que buscam imóveis de dois a três dormitórios. Para o vice-presidente de Incorporações Imobiliárias do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), João Crestana, o financiamento para a classe média passou a ser viável e por isso aquece o setor. Grandes incorporadoras têm anunciado novos negócios voltados a essa faixa da população.
Um dos casos é a Tecnisa, que fechou parceria com a Ritz Engenharia para atuar na prospecção de novos negócios para a classe média e média baixa.
“Pela primeira vez após vinte anos começou a faltar mão-de-obra”, diz o presidente do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), Antonio de Sousa Ramalho. Ele avalia que, com os recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a habitação (R$ 106,3 bilhões até 2010), as perspectivas são otimistas para todo o país. Fonte: Bom Dia - 24/06/2007
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